quinta-feira, 1 de setembro de 2011

Um "Y" perdido....


“A geração "Y" é assim mesmo: faz várias coisas ao mesmo tempo, inclusive o trabalho. Ele nasceu, cresceu, com estímulos, de música, internet, com amigos no colégio, isso vem para organização, é a extensão do dia a dia. É o que faz ter prazer, então ele está trabalhando aqui, é lógico, no seu local de trabalho, mas escutando uma música, escutando um som que ele gosta e isso só colabora, só estimula”, afirma o gerente executivo da Serasa Experian, Elcio Trajano...
Pois é, pena que nem todos têm esta visão, infelizmente no Brasil a visão empresarial ainda é muito imatura, alias o comércio e consumo entre outras tantas coisas são imaturas neste país. As pessoas se esquecem que uma boa empresa é aquela que mantém seus funcionários bem humorados e satisfeitos, é só pegar as grandes empresas como o Google, onde tratam seus funcionários super bem, fazem um ambiente de trabalho despojado e cada funcionário tem total liberdade, mas não pensem vocês que eles deixam de fazer seu trabalho ou isso gera menos responsabilidade, pelo contrario um funcionário feliz e confortável é aumento nos lucros, um aumento bem significante.
O que me deixa com muita raiva é quando temos varias oportunidades legais de crescimento na nossa área e a empresa não ajuda e pior nos segura, mas quando fazemos algo que vai contra as normas da “empresa” (ou do cacique) é motivo para uma tempestade em copo d’água.Sinceramente não entendo, não entendo como empresas que são médias e pequenas se confortam em se  manter nessa colocação, será que ser grande é uma vontade, ou melhor, uma visão de poucos? Ser grande é questão de escolha, ser grande é questão de fazer a coisa certa, e sim imitar aqueles que são grandes, se o cara ta La em cima por que não imitar o que fizeram pra chegar lá? O topo é para poucos, o mundo esta andando, girando cada vez mais rápido, mas as pessoas paralisaram, gostam de manter ainda aquela coisa de que a tecnologia, a internet, a vontade de buscar informação é banal e que somos maquinas e não pessoas dentro desta empresa, mas as formas de gerenciar da década passada permanecem, não compreendem que o mundo mudou esses são os famosos “baby boomer”.
Eu entendo o ruim é que eu não  consigo me manter nessa posição, tenho sede de crescimento, por isso não paro muito tempo em alguns lugares, estou sempre em busca de um lugarzinho(ão) no topo, me incomoda trabalhar em uma empresa que não tem visão de crescimento alguma,sei lá!
"Algumas empresas já perceberam que uma gestão mais democrática e que acompanhe as necessidades dos profissionais deste século, tais como negociação de horários, participação nos lucros e a possibilidade de trabalhar em casa, resultam não apenas em melhorias nas condições de trabalho, mas também em lucratividade, a exemplo do gigante Google, empresa que inovou a forma de gestão de seus funcionários.
Os tempos modernos impõem que as empresas criem confiança e transparência para o seu público interno e externo e, desta forma, a longo prazo, garanta a sua permanência no mercado. Cabe insistir que é urgente a necessidade de readequação dos modelos empresariais ao âmbito ético, uma vez que tais modelos não são ilhas, mas parte de complexa rede de atores, cada vez mais informados e interligados, os quais forçam a apresentação, por parte das organizações empresariais, de justificativas racionais e plausíveis de suas tomadas de decisões além do campo meramente legal e/ou econômico."

CLODOMIRO JOSÉ BANNWART JÚNIOR é professor de mestrado em Direito Negocial na Universidade Estadual de Londrina e EMILIM SHIMAMURA é mestranda em Direito Negocial na Universidade Estadual de Londrina
Fonte: Folha de Londrina, 25 de julho de 2010

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